Uma reunião organizada pelo deputado federal Daniel Trzeciak (PSDB) e que inclui lideranças da região sul, o governador Eduardo Leite (PSDB), os também deputados Alexandre Lindenmeyer (PT) e Afonso Hamm (PP), a prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas (PSDB) e o prefeito de Rio Grande, Fábio Branco (MDB), definiu nove medidas para tentar conter o reajuste do pedágio no Polo Rodoviário Pelotas.

Confirmado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a tarifa terá um reajuste de 28,9% a partir de primeiro de janeiro, passando de R$ 15,20 para R$ 19,60, tornando-se a mais cara do País. "Todos vão ser impactados. Não há sensibilidade por parte da empresa, que impede o desenvolvimento e afasta os empregos dos municípios. Estamos agindo para defender os interesses regionais", disse Trzeciak.

As nove medidas debatidas na reunião incluem uma medida cautelar junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) para questionar o aumento, provocar o Ministério Público Federal (MPF) para analisar os danos econômicos que o reajuste traria a região, uma reunião com o ministro dos Transportes, Renan Filho, e a elaboração de uma carta a ser enviada à Ecosul. Também foi divulgado um abaixo-assinado virtual contra o preço abusivo dos pedágios, disponível no endereço bit.ly/abaixo-assinado-polo-pelotas.

A carta, assinada por lideranças políticas e empresariais, como a Associação Comercial de Pelotas (ACP), pede que a concessionária volte atrás e retire o reajuste. "A majoração das tarifas em 28,9% não reflete percentuais aplicados em reajuste de qualquer outra atividade, bem como representam potencial prejuízo às atividades econômicas da região o que, por conseguinte, também é prejudicial à própria concessionária", diz a carta. "O fórum invoca sensibilidade social e comunitária da empresa Ecosul e do grupo Ecorodovias, que há 26 anos detém a concessão do polo rodoviário da metade sul do RS", continua o texto.